top of page

Em 1986 recebe do IAB/RJ menção honrosa pelo projeto do Centro de Proteção Ambiental da Usina Hidrelétrica de Balbina (1983/88), um dos seus mais importantes e inovadores projeto, sendo “considerado pela crítica como uma construção em que o caráter regional atingiu um refinamento, sendo a madeira trabalhada de maneira singular, tanto no aspecto formal quanto estrutural.” (Neves, 2005)

O CPA Balbina foi concebido para acompanhar os impactos ambientais gerados pela construção da hidrelétrica de Balbina em Presidente Figueiredo-AM. Seu projeto tem dois grandes eixos unidos por um percurso coberto por uma única cobertura que adequa sua forma orgânica de forma a abrigar e acolher os espaços de permanência. O extenso programa, que inclui alojamentos, residências, espelho d’água, museu e laboratórios, etc. não foi edificado por completo, apenas a ala dos laboratórios, museu e recepção foram construídos.

 

O CPA Balbina é um símbolo da arquitetura amazônica reconhecido como uma das mais importantes obras arquitetônicas em madeira. Em 2013, o desenho de seu projeto passou a estampar a capa do livro “The Working Drawings” elabora pela Swiss Federal Institute of Technology Zurich (ETH Zurich), a coletânea exibe projetos de arquitetura e técnicas de representação que abrange cinco séculos com trabalhos de importantes arquitetos do mundo todo.

O Projeto
CPA Balbina hoje
#SalveVilaBalbina
Mesmo com todo o reconhecimento adquirido pelo autor, boa parte de suas obras estão em situação de deterioração, algumas delas, inclusive, já foram demolidas ou totalmente alteradas.
O CPA Balbina é um dos exemplares que se encontra em estado de abandono com com evidentes sinais de saqueamento, vandalização e patologias nas estruturas, algumas partes da cobertura cederam, a maior parte das vidraças estão quebradas e todas as louças foram destruídas ou roubadas.
Não há nenhum tipo de vigia ou algum responsável que zele pelo espaço. Ao entrar em contato com os responsáveis não obtivemos respostas.
CPA Balbina atualmente:
#SalveVilaBalbina:
Em fevereiro de 2016, foi realizado em Manaus o I Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia (I SAMA). O evento sobre preservação e a divulgação do patrimônio moderno na Amazônia, realizou uma visita técnica ao CPA Balbina e constatou “com consternação e tristeza o completo abandono do edifício que, mesmo em estado de ruína, ainda emociona pela qualidade arquitetônica e pelo que representa para a arquitetura latino-americana.” (SAMA, 2016). No dia 19/02, quando o arquiteto completa 86 anos, os participantes formularam a Carta Aberta do I Sama e lançaram a campanha #salvebalbina para divulgação da urgência da preservação do patrimônio. Destaca-se aqui o último parágrafo do documento:

"O conjunto arquitetônico da Vila de Balbina torna-se, nesse momento, signo do valor e necessidade de proteção do patrimônio cultural dos estados amazônicos, reconhecido dentro do vasto e rico acervo do universo de estudo, por meio do qual os signatários desta Carta Aberta conclamam a sociedade a acolher o objetivo deste evento. Salve Vila Balbina e o patrimônio moderno na Amazônia."

Em 02/03 é Promulgada a Lei N. 312, de 18/02/2016 que “Dispõe sobre o tombamento por seu interesse arquitetônico, histórico e cultural das edificações de projetos do arquiteto Severiano Mário Vieira de Magalhães Porto, construídos no Estado do Amazonas”

bottom of page